2024 Autor: Harry Day | [email protected]. Última modificação: 2023-12-17 15:52
Costumo ouvir sobre essa oposição, sobre a tentativa de psicólogos de descobrir com o que estão lidando: com traumas psicológicos (e então parece que você pode influenciar essa situação com a ajuda da psicoterapia) ou com um transtorno mental de natureza biológica (e então uma ajuda decisiva pode ser fornecida com medicamentos).
Mas essa oposição, parece-me, é errônea.
Deixe-me explicar com um exemplo.
Imagine uma criança cujo cuidado foi objetivamente muito precário. Por exemplo, nos primeiros meses de sua vida, sua mãe estava profundamente deprimida, absorta em si mesma e mal conseguia lidar com o serviço funcional, e a conexão emocional estava completamente arruinada.
E essa é uma situação traumática com que começou a vida desse bebê, e tem motivos psicológicos. Mas, ao mesmo tempo, é claro, esse efeito traumático precoce levará à formação dessas estruturas e conexões biológicas nos neurônios, que no futuro podem desencadear uma ampla variedade de transtornos mentais, desde depressão a estados psicóticos. E então, embora o colapso inicial tenha sido provocado por uma situação traumática, não se pode prescindir das drogas. Ou melhor, você pode tentar passar sem eles, mas com os medicamentos, o cliente tem muito mais oportunidades na vida e na terapia.
Além disso, sem drogas, se você não remover o fundo forte do transtorno mental, com alta probabilidade de qualquer, incluindo absolutamente normal, interação com o terapeuta, o cliente será interpretado no mainstream da reprodução do trauma, e aí pode simplesmente não ser uma chance para uma mudança no modelo interno de relações.
Agora vamos imaginar a situação oposta. Digamos que a mãe era completamente normal, mas a criança é tão sensível e vulnerável por seus motivos biológicos de origem que os menores e inevitáveis erros da mãe o machucam muito. E no mundo interior subjetivo da criança, essa situação é vivenciada exatamente da mesma maneira que a catástrofe do primeiro exemplo.
E, é claro, embora a biologia tenha lançado esse colapso, no mundo interior ele é percebido e vivenciado como um trauma e gera exatamente os mesmos construtos psicológicos traumáticos do primeiro caso. É bem possível (e necessário) influenciá-los psicologicamente. Mas somente se essa causa biológica inicial, que transforma absolutamente qualquer interação em traumática, deixou de exercer influência ativa no presente. Isso pode acontecer tão simplesmente ao longo dos anos: por exemplo, na infância houve um certo processo patológico biológico com a psique, mas com o passar dos anos parecia ter esgotado seu potencial, terminado. Ou interromper ou extinguir o processo patológico pode ser conseguido com a ajuda de medicamentos. E então há uma oportunidade para psicoterapia.
Resumindo, podemos dizer que essas duas situações imaginárias, embora tenham começado diametralmente opostas, no final podem levar a um quadro absolutamente idêntico. E, portanto, não é tão importante qual foi a causa raiz dos problemas do cliente, é importante apenas até que ponto, no momento do contato com o terapeuta, as capacidades mentais do cliente permitem uma intervenção terapêutica. E é mesmo possível ampliar essas possibilidades com a ajuda de medicamentos.
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