Manifestações Maternas E Maníaco-depressivas. A História De Uma Cura

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Anonim

Vou te contar sobre meu caminho.

Após o nascimento do meu filho (há 18 anos) fiquei eufórico - ou seja, tinha a outra face da moeda chamada "depressão".

Mais tarde, descobri que qualquer condição pós-parto é um fenômeno psicobiossocial. Naquele fevereiro, 18 anos atrás, eu realmente e sem brincadeira me considerava a Deusa que deu vida ao Anjo.

Foi um "psicopata" (fenômeno mental) porque aconteceu um milagre com o diagnóstico de infertilidade, agüentei e dei à luz!

Foi um "bio" (fenômeno fisiológico) porque meu cérebro estava gerando um coquetel hormonal que eu não conhecia antes. Nunca usei drogas - é por isso que digo que esta foi a primeira vez que isso aconteceu)).

Foi um "sócio-" (fenômeno social) porque finalmente me tornei uma mulher de pleno direito, a quem ninguém ousa censurar pela vida desperdiçada sem rumo.

Em suma - o pico do êxtase!

E a reversão não demorou a chegar …

Em uma semana, cheguei ao solo. E ela acabou por ser uma bruxa comum que não sabe o que fazer com um caroço gritando. Acabei por ser um psicopata que quer estrangular um bebê, já que não dormir por oito dias é uma tortura.

Percebi que embora houvesse pessoas e um marido por perto, mas preciso me controlar, pois só eu consigo entender as entonações dos tipos de choro. Eu podia distinguir tons - às vezes de fome, às vezes de fadiga, às vezes de solidão, às vezes de dor.

A sociedade também me desapontou gradualmente. Acontece que mesmo depois de dar à luz dois filhos (minha filha nasceu 3 anos depois), eu ainda continuava a me sentir como uma sub-mulher.

E então entrei em um grupo de terapia. Depressiva, esgotada, obcecada com a ideia de consertar a si mesma e ao mundo. Mas tudo se resumia ao problema da autoestima e ao tema da "história infantil". Ele desceu e começou a se desenrolar. Acontece que eu tinha poucas coisas boas por dentro, nada que deveria ter sido recebido na infância. Acontece que me trato muito mal. Eu sou a Deusa ou a última abominação - mas esta não sou eu.

Foi muito devagar e não sem dor que meu verdadeiro "eu" se perdeu e não foi encontrado em algum lugar no meio dos extremos.

Senti na própria pele que cuidar de si mesmo, que é exatamente o oposto da exigência de que os outros cuidem de mim, não é egoísmo, mas respeito próprio.

Percebi que cuidar não é masoquismo ou Força, mas a capacidade de não fingir e não mentir para si mesmo. Esse amor acontece apenas no meio comum e cotidiano, e nos extremos transcendentais não chega nem perto.

Eu me dei a oportunidade de encontrar (e possivelmente dar à luz) a mim mesma. Eu fiz para mim um presente maravilhoso - eu me descobri e trouxe à luz:)

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