Quem E O Que é A Origem Da Crise Na Psicoterapia?

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Vídeo: Psicoterapia de Orientação Psicanalítica 2024, Maio
Quem E O Que é A Origem Da Crise Na Psicoterapia?
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Anonim

A situação terapêutica da experiência, por sua vez, inicia a dinâmica de fenômenos sempre novos que aparecem no contato, cada um dos quais, deixe-me lembrá-lo, se desenvolve em uma forma e grau determinados pela situação atual de contato. Considerando a psicoterapia dialógica como uma terapia para uma crise controlada, deve-se notar que o estado atual da terapia é determinado pela presença de um desenho específico de crises que se concretiza nesta fase.

Com base na ideologia terapêutica, que se baseia no conceito de terapia como um processo de crise controlada, é necessário lembrar algumas características desse processo.

Em primeiro lugar, em um processo produtivo de terapia de uma crise iniciada e controlada, é importante distribuir adequadamente o poder. Se o terapeuta é o responsável pela terapia (por exemplo, cuidado excessivo), então não há crise, portanto, nenhuma mudança é possível. Além disso, intervenções terapêuticas para resolver a crise antes de seu pico são uma forma de evitar vivê-la. Por outro lado, se o poder no processo de terapia se desloca para o cliente, ele fica privado da oportunidade de apoio de campo e dos recursos necessários para resolver a crise, disponíveis externamente. Em ambos os casos, o processo terapêutico é retardado ou totalmente bloqueado. A consciência dessa situação aponta para a exigência metodológica da descentralização do poder, já mencionada anteriormente.

Em segundo lugar, no processo terapêutico de uma crise iniciada controlada, taticamente, deve-se contar com a categoria da zona de desenvolvimento proximal. Isso significa que o volume e o grau de novidade das neoplasias, para os quais o processo terapêutico é simultaneamente orientado, devem ser difíceis, mas em princípio acessíveis ao cliente. Por um lado, a falta da tensão necessária para resolver a situação do campo emergente, por outro, a inacessibilidade para vivenciar os fenômenos que surgiram no contato pode igualmente interromper e congelar o processo terapêutico.

Repito, o grau de dificuldade da crise iniciada deve ser ótimo. No entanto, com base nas disposições da abordagem fenomenológica, é óbvio que é absurdo ser capaz de controlar o grau de crise iniciada na terapia. A gravidade das novas exigências do campo terapêutico, gerando uma crise, é um fator fundamentalmente imprevisível, principalmente quando se trabalha com clientes cujas dificuldades psicológicas são bastante graves. Portanto, no modelo dialógico da gestalt-terapia, o lugar de controle das intervenções terapêuticas que iniciam uma crise é assumido pelo rastreamento do equilíbrio de apoio e frustração no campo da terapia.

Considerando a necessidade ocasional de terapia para "elevar uma emergência crônica de baixo nível a uma emergência segura de alto estresse em que a atenção é direcionada pela ansiedade e que, no entanto, pode ser controlada por um paciente ativo" [F. Pearls e P. Goodman; P.100], os autores da Gestalt-terapia escrevem: “O lado técnico do problema é (a) aumentar a tensão sob a orientação certa e (b) manter a capacidade de controlar a situação, porém, não controlar it”[F. Perls e P. Goodman; P.100].

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