"Diga Uma Palavra Sobre O Pobre Hussardo" Ou Uma Palavra Em Defesa Da Competição

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Anonim

Talvez seja apenas minha opinião subjetiva, mas muitas vezes comecei a encarar o fato de que mesmo na comunidade psicológica eles não gostam de competição, ou pelo menos não aprovam. "Você está competindo" ou "ela é muito competitiva" costuma ser desaprovado. "Ela está apenas competindo com você" como uma opção de consolo. Também deparei com afirmações de que "pessoas confiantes não competem. A competição se deve à insegurança".

Muitas das pessoas que conheço ficam intimidadas com a situação competitiva. E, na verdade, não é irracional. Na maioria das vezes, percebemos a palavra competição como uma luta pela vida ou pela morte. Uma luta em que um é o vencedor e o outro é o perdedor. Onde qualquer arma é usada, incluindo ataques direcionados a pontos fracos, maldade, traição e traição. Onde o primeiro precisa ser cínico, cruel e mesquinho, e o segundo acaba por ser fraco, humilhado e desamparado.

E gostaria de dizer algumas palavras em defesa da concorrência. Não aquele que é preto e sujo e mortal, mas aquele que é concebido pela natureza. Veja todos os filhotes - filhotes de lobo, filhotes de leão, cachorrinhos, gatinhos - em certa idade eles quase sempre jogam jogos que mais parecem escaramuças ou batalhas. Eles brincam uns com os outros, brincam com adultos, brincam com brinquedos. E não são apenas jogos. Cada filhote adolescente nesses jogos aprende a atacar, defender e caçar. Em jogos com colegas - testa o quão rápido, ágil e forte ele é. Em jogos com mais velhos - onde estão os limites do que é permitido.

O que diferencia esses jogos é que eles são voluntários. Eles não causam ferimentos graves. Neles, golpes e mordidas são apenas indicados. O jogo termina se um dos jogadores fizer o sinal "Estou com dores".

Vejo o mesmo modelo em esportes amadores. Onde todos se esforçam para se tornar melhores e vencer, mas se perder, ele honestamente admite a vitória do outro e pergunta ou pensa "como ele fez isso? E como posso fazer isso? E como posso me tornar melhor?"

E me parece que esse é o modelo de competição saudável. Onde somos mais parceiros do que adversários. Onde, interagindo uns com os outros, podemos descobrir nossos pontos fortes e fracos, encontrar novas técnicas de sucesso, descobrir nosso tamanho e nossos pontos fortes.

E tanto para animais bebês quanto para terapeutas gestálticos novatos, e para qualquer estudante ou iniciante, esta é uma etapa importante e necessária - conhecer a si mesmo e seu lugar na comunidade.

Mesmo assim, o principal é lembrar as regras e não organizar batalhas "não para a vida, mas até a morte".

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