2024 Autor: Harry Day | [email protected]. Última modificação: 2023-12-17 15:52
Ela se sentou em frente, periodicamente olhou para a janela e mergulhou nas memórias da infância. Não são os mais agradáveis.
Processo difícil. Pesado.
Foi doloroso para ela. Você podia ver como era em seu rosto: seus olhos estavam desviados, seus olhos estavam umedecidos, suas maçãs do rosto contraídas.
As últimas sessões ocorreram há mais de 20 anos. A sala se encheu metaforicamente com a água lamacenta de eventos amargos, e duas pessoas nela, como mergulhadores, mergulharam.
Minuto após minuto, engolindo o suporte de oxigênio do terapeuta, ela flutuou pelas ondas da infância. A sessão estava inexoravelmente chegando ao fim. Restavam alguns minutos.
- Nunca tive casa própria …. Mais precisamente, não tinha quarto próprio … Minha mãe e eu morávamos em um quarto pequeno, e os pais da minha mãe moravam em outro ….. Mmmmm…. As portas não fechavam de todo …. Nenhuma …. Quando surgiu uma situação estressante, não pude me esconder e ficar sozinha …. fui perseguido e continuei a criticar …. irrompeu… gritando ….
Foi nesse momento fatídico que houve uma batida na porta e a abriu abruptamente. A presença do próximo cliente parecia um rascunho nesta sessão. Quão simbólico!
Falha. Estupor. Horror. Pranto.
Todas as tentativas de organizar meus pensamentos e encerrar a reunião não levaram a nada. Era evidente que ela estava saindo em um estado que estava espalhado como contas no chão. Restava a esperança de que ela fosse forte o suficiente para lidar com isso na realidade. Muito já foi feito na obra.
O que havia acontecido por algumas semanas com ela só ficou sabido na próxima reunião.
Ela compartilhou suas experiências: dias de dor, desespero, raiva, resistência por vir e uma vontade selvagem de dormir! "Rasgue a cabeça do terapeuta."
E todos esses sentimentos eram reais. Exatamente como então, há mais de 20 anos. Foi com eles que a criança, que não foi protegida, perseguida, não teve a oportunidade de estar com ela, de ser tratada. Uma criança que, embora crescendo deseje vingança, tem dificuldade em definir seus limites externos e internos, tem problemas com confiança (confiança inconsciente) e dor silenciosa escondida.
O que o ajudaria nesta situação?
Admitindo um erro. Aberto. Profundo.
Assim, para dar à Criança Interior um sentimento de cuidado já "Aqui e Agora", compensando pelo menos um pouco a sua dor "Então". Ofereça espaço para a raiva e para a vivência de toda a gama de sentimentos, um sopro de NOVAS experiências e consciência do que está acontecendo.
Suas palavras foram afiadas:
- Tendo esclarecido a situação e admitido um erro, você me privou da vontade de me vingar de você. Sem fazer isso, eu justificadamente te deixaria e tocaria meu roteiro de novo … e de novo … e de novo …
Agora não sei o que fazer. Como viver?"
Agora, sua tensão, lágrimas e desespero não eram da primeira infância, associados ao medo do novo. Nova experiência. Adultos. Significativamente como uma gota de lágrima …
E se não fosse por essa porta aberta na terapia, talvez não houvesse saída …
* A confidencialidade é preservada. A gravação foi feita com permissão e acordo com o cliente.